Estória de Caboclo

Ademar Silva e Vinicius

Estória de caboclo.
1
Eu vou contar minha historia que não me sai da memoria
vocês preste bem atenção, que me doi dentro do peito
oque acontece com um sujeito quando deixa ele deixa o sertão.
2
Eu morava em um ranchinho muita humilde e pequenino na encosta de uma serra
para min era um paraíso que dize nem é preciso um lugar mais lindo da terra
ali eu era feliz tinha tudo quanto quis, as vaquinhas e uns porquinhos, uma alazão bom de sela eu plantava para comer, não sobrava para vender mas a vida era tão bela
3
Minha fiel companheira, meu seis filhos lindo e forte, eu batalhava com a sorte com fé em nosso senhor, eu pedia em horassão para nunca deixar falta o pão para esse podre lavador. Um dia eu não me lembro, se foi agosto ou setembro, foi numa segunda feira foi quando eu me levantei foi daí que eu escutei um barulho na porteira, um automóvel bonito e um homem muito esquisito, era gente da cidade chegou e me comprimento e logo se prontificou a comprar minha propriedade, eu abaixei a cabeça pensei, pensei e pro caboclo falei:-Seu moço,issu eu nunca pensei não é da minha vontade de sair desse lugar,aqui mesmo nesse ranchinho eu criei todos os meus filhinhos e não deixei nada faltar.
4
Com a força dos meus braços não deixei faltar o pão, falo com sinceridade e por isso que eu não tenho vontade de sair do meu sertão, mas o caboclo insistia uma proposta insistente com uma palavra lisonjeira daquelas mais traissueira do que bote de uma serpente.
5
Foi pegando na minha mão, e o negócio foi fexado daquela hora em diante começou minha tristeza, vendi minhas vaquinhas que tanto tinha ajudado com a comida da dispeza o meu cachorro Brazinho amigo para toda hora até chorei de tristeza quando levaram ele em bora, o ultimo que eu desfiz foi meu cavlo alasão o meu melhor companheiro era minha condução.
6
Peguei a mulher e os filho e as traia da cuzinha um saco de roupa velha e umas pobre panelinha, subi o trilho do pasto para pegar a jardineira foi a mais cruel despedida quando cheguei na porteira, parei e olhei pro rancho, me doeu o coração, avistei a fumacinha da chaminé do fogão. Hoje aqui nessa cidade e so angustia e tristeza, só vejo muita bagunça muita miséria e pobreza, sou escravo do relógio, do trabalho e do patrão é um sacrifício danado ate para pegar condução, vou dizer bem a verdade nesta hora bate uma saudade, fico louco de vontade de vontade de voltar pro meu SERTÃO.

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