[DK]
 
 Mudando o futuro contra a tempestade
 
 Com a mão no remo eu sigo meu rumo
 
 Preciso de Deus e a família do lado
 
 Os que me abandona eu me acostumo
 
 Minha cabeça é o Google, em fração de segundo
 
 Pesquisa as palavra que eu ritmizo
 
 Dos carro transformo, eu sou Homem de Ferro
 
 Mas meu coração não atualiza o antivírus
 
 Eu sei onde eu piso, pego obstáculo
 
 Eu levo pro palco, eu faço espetáculo
 
 E aviso pra todos os meus favelado
 
 A guerra e a paz não é pra homem fraco
 
 Sou Manoel, eu vim do barro
 
 Sou Mário Quintana, verso mal explicado
 
 Na terra onde o presidente é um meme
 
 Só o que faz sentido são mermo os soldado
 
 Eu não vendo ilusão, eu não quero seu like
 
 Foda-se os inscrito que tem no canal
 
 Tô juntando as mulheres pra falar de aborto
 
 E os homens pra falar sobre abandono paternal
 
 O rap é escola e não é colegial
 
 Não é um kit nem um hype que te faz melhor que os outro
 
 Garoto, aprende que no morro desde novo
 
 Um respeita o outro sempre de igual pra igual
 
  
  [DK]
 
 Prosperidade pra tropa, saúde pros cria
 
 Fartura e família na mesa
 
 Meu pai sem as droga, minha filha na escola
 
 Produção contando os lucro da empresa
 
 Um brinde à pureza, um brinde à humildade
 
 Nosso dialeto é só o papo reto
 
 Tu até conhece o DK 47
 
 Mas meu sobrenome é o certo pelo certo
  
 
 [Lord]
 
 Yeah, pois na minha viela é onde querem chegar
 
 São seres de luz ou só são ódio e mágoa
 
 Fé, muita fé, fé, sobrecarga
 
 Mas na tempestade negariam água
 
 Moro aqui no alto, mó visão diária
 
 Te vendo ser açoitado pela própria língua
 
 Botando bronca com cabelin' na régua
 
 E os que precisaram te chamam de igual
 
 Acostumado, mano, o barco balança
 
 Torce pra eu virar, tu tá de olho no lance
 
 Sem disposição pra conquistar um Air Max
 
 Frita tipo air fryer, vê meu voo de Air France
 
 Ao nos ver sofrer eles mostraram os dentes
 
 Mas na nossa volta eles rangeram os dentes
 
 Outros dizem: "Lord, tu não é preto", tudo bem
 
 Mas quem se cala diante do racismo é conivente
 
 No carótido do policial branco eu sou canivete
 
 Eu sou Vandal, não sou Ivete
 
 Ao pensar, sou tonelada e não tablete
 
 Ao ser hip-hop, eu vim da rua, não da net
 
 Lá de onde eu vim, mano, é café com farinha, não é Danette
 
 De tanto jogar banana, nós é dinamite
 
 Mexe com nós, com nossos filho nós não admite
 
 Pela minha família eu sustento a morte ou Valete
 
 Aqui se perdoa, mano, mas nunca se esquece
 
 Sua caridade não apaga as cicatrizes
 
 Talvez não deixamo' mais nenhum de voz subir
 
 Assim cortaremos todo o mal pelas raízes
  
 
 [Lord]
 
 E prosperidade pra tropa, saúde pros cria
 
 Fartura e família na mesa
 
 Tirar nossas forra, sair mundo afora
 
 Produção contando os lucro da empresa
 
 Um brinde à pureza, um brinde à humildade
 
 Nosso dialeto é só o papo reto
 
 Se tu não conhece L-O-R-D
 
 Porque os AK você nunca viu de perto