Tinha um som que imperava em vigário geral
Tinha um som que imperava em vigário geral
Tinha um som que imperava em vigário geral
Tinha um som que imperava em vigário geral
Tinha um som que imperava em vigário geral
Tinha um som que imperava em vigário
Explica o som que imperava em vigário geral
O som que imperava em vigário
Era o som de tiro cumpádi
Quando os fogueteiros soltavam os morteiros
Todo mundo saía voado gritando assim mesmo:
Vaza, vaza mané, sujô, é os homi
Tiroteio pra tudo quanto é lado entre policiais
E traficantes e quem era o mais atingido?
As crianças, principalmente o trabalhador
Essas eram as pessoas mais atingidas
Nesses conflitos babacas, hoje o som que impera
Em vigário não é mais aquele que massacrou
Centenas de pessoas, o som que impera
Em vigário é esse que eu vou mostrar pra você
Então se liga no som de v.g.
Pow, pow, pow, pow
É de vigário geral
Aqui não tem mais esse som
Pode crê meu irmão
A favela tá tranqüila
Não tem mais o barulho
De ar-15 e fuzil
Metralhadora alemã
Pistol-uzi, robocop
A casa do volt
E o paulo paulada
A jubiraca
Vigário pede a paz
É a cultural da favela
Que é mostrada aqui por nós
Ninguém melhor para mostrar
Pois fazemos parte dela
Esta é a nova cara
De vigário geral
Sou negro mesmo e daí
Não tem mais o barulho
De ar-15 e fuzil
Metralhadora alemã
Pistol-uzi, caça andróide
A casa do volt
A bomba caseira
Explodindo na mão
Só traçante na cara
De mais um vacilão
A carroça da morte
Vigário só quer a paz
29 de agosto, 1993, 21 pessoas
Assassinadas pelo ódio e pela violência
De policiais vingadores, o pior é que era
A nossa gente, mas tá tranqüilo
O que é deles tá guardado, pois tem
Alguém lá em cima que tá olhando
Por nós, pode crê
De um jeito ou de outro a justiça
Ainda será feita, pois ela tarda mas
Não falha, e através da música e da cultura
Está aqui mais um movimento
Que luta em prol da paz, pode crê
Pow, pow, pow, pow
