Alice fechou os seus olhos acima da estrada de ferro
Todos os carros cortavam cada vez mais perto
O jovem ao seu lado com um pequeno lenço secou seu pranto
E não coube a ele decidir sobre o broto embalado no manto
Alice dentro de si guardava legião de emoções
Antes batiam três hoje batem dois corações
Ficou por muito tempo a sensação de ter feito algo errado
Dizia para si mesmo esqueça
O passado!
Alice então se escondia entre um desespero e outro
As vezes trazia uma bíblia, ou ía, para um culto novo
Nada disso preenchia o vazio que nela ficou
Disse que perdera tudo da sangria ao fruto do amor
Alice então vestiu um novo sorriso, uma bela roupa e sua maquiagem
E cada vez que olhava para o espelho via uma nova imagem
Nem mesmo o jovem, ou seu lenço, ficou com ela desde a ponte
Disse que perderam o contato e hoje ele está sabe lá por onde
Alice então voltou àquela ponte, aquele ferro, aquela estrada
Disse que depois de perder tudo agora não restava nada
Nunca se arrependeu mas pensava que agora era tarde
Alice ainda chorava mas seu pranto agora era de saudade
Alice ainda chorava mas seu pranto agora era de saudade
Alice olhou para baixo e cantou está canção
E já perto do final ela ouviu o que parecia um refrão
E onde antes havia um, ela escuta um novo coração
E onde antes havia um, ela escuta, um novo coração
Alice enfim abriu seus olhos e ninguém nunca mais a viu
Alice enfim abriu seus olhos e ninguém nunca mais a viu
Alice enfim abriu seus olhos e ninguém nunca mais a viu
Alice enfim abriu seus olhos e ninguém nunca mais a viu
Alice enfim abriu seus olhos e ninguém nunca mais a viu
Alice!
