Penca arriou madura, olelê
Balu saltita em riba a bailar
Bala de encontro à fita vem
Sai da frente, eu quero mamar
Galego alega ser sua a vez
Numas de quem já cobra aluguel
Rifa a banana, deposa o lucro
E sai em Lua de mel
Olelê, iêiê, ulalá
Olelê, iaiá
La mulata conchita a decir
Lombra de pobre é sempre um azar
Mas com a ajuda da brisa
A maré convida a gente a sonhar
Pela banana libre entender
Que ourtra maré obriga a brigar
Baila si, não arreda, olelê
Olelê, iêiê, ulalá
Vera cruz de pau-brasil, amparai os náufragos atlânticos
E terás filhos românticos, sempre de abril a abril
Verdadeira cruz de trópicos insignes desse universo
Seja qual for o meu verso, sempre incidirá em ti
Ilha de gesto tupi, desde teus filhos de tanga
Teu colo cheirando a manga e teus hinos ao porvir
Terra cruzada por santos e cobiçada por tantos
Que buscam prazer aqui
Jurai que o pai é teu filho, terra de espíritos santos
Onde canta o quero-quero e até eu mesmo canto a ti, um amor sincero