Barro barroco
Santo-do-Pau-Oco
Barrado no baile
Forjando detalhes
Semiculto inútil
E cara-de-pau
Saído do oco
Desse velho mundo
Girando, vai fundo
Sem rir nem chorar
Quando o mundo vira
Vira, viramundo
Na gira que há
Todo mundo gira
Nessa roda morta
Ou nessa roda-viva
Roda morta da vida
Capricha na gira
Mundo louco a virar
Avisa a galera dos fundos
Precisa revirar os olhos
Do mundo virar
Respira mais fundo
Sem pensar nos seus
Dando adeus a girar
Delira, vai fundo
Cheira a vida, gira
Como viramundo
Feito Pomba-Gira
Agita a galera
Dos fundos, avisa
O mundo vai virar
Que se dane o mundo
Me chamem Raimundo
A vida num segundo
Parece girar
Enquanto gira a vida
O mundo vai virando
Ou parece virar