Olha aí, quem tá aí, salve, Jão!
 
 Salve, salve!
 
  
  Cê tá bão?
 
 Tô firmão!
 
 E os irmãos ?
 
 Tão suave!
 
 Que bom
 
 Tô no peão, mó calor, domingão e tal, e você?
 
 De rolê, também, na moral
 
 Os manos tudo jogando bola na quadra da escola
 
 E o chicote tá estralando, tá bem louco, tá da hora, lotadão
 
 E o som que rola, claro é o Rap,
 
 Pra alegrar muito mais a diversão dos muleque
 
 Lógico que tem sempre uns metidão a malandrão
 
 Só porque acha que fuma leva uma, grandão
 
 Xá pra lá, pra não estraga o rolê, melhor esquecer
 
 Pode crê!
 
 Mas tem uma fita que você tem que saber
 
 Bora lá
 
 Você ficou sabendo e pá do neguim?
 
 Não, não!
 
 Então, mataram ele lá no campim!
 
 Como assim? O maluco era mil grau
 
 Era do bem, treta com ninguém, mano firmeza total
 
 Pois é, tava com um zé, um mano que só dá brecha
 
 E morreu por causa de mulher!
 
 Ih, as conversa
 
 Quando vi a sua mãe chegar, saí pra nem ver
 
 Mas quando foi?
 
 A semana que passou, mas aê
 
 Olha lá quem vem lá, ouviu a sirene
 
 Vamo toma um enquadro
 
 Mas quem não deve não teme!
 
 É a PM, nem treme que eles vão lá na praça
 
 Tão preocupado com bandido, não contigo
 
 Abraça!
  
 
 Cada um faz da vida o que quiser
 
 Independente do que pensa ou de sua fé
 
 Respeito é a chave, só não pode dar a pé
 
 Toda a quebrada é assim, assim que é!
  
 
 Cada um faz da vida o que quiser
 
 Independente do que pensa ou de sua fé
 
 Respeito é a chave, só não pode dar a pé
 
 Toda a quebrada é assim, assim que é!
  
 
 Olha só o som do carro que passou
 
 Os grave dessa nave que bate forte no peito, nêgo
 
 Treme o chão, e chama atenção de quem vê
 
 Rebaixado até o talo, turbinado e DVD
 
 E os meninos das motoca raspa as placa no grau
 
 Às vezes passam devagar e soltam 'pá' na moral
 
 Na frente da sorveteria, no posto, na praça
 
 É tanta moto bem loca que eu com a minha fico sem graça
 
 De vez em quando passa um com o celular
 
 Ouvindo um pancadão, bem altão, acho que é pra se mostrar
 
 E as minas que se arrumam, se perfumam pra elas mesmo
 
 Umas fazem trancinha e outras prancha no cabelo
 
 As criança na rua, brincando, correndo, gritando, olhando pro alto
 
 Mesmo sem vento, tem que tomar cuidado com as linhas de cerol
 
 Tem uma pá de mano empinando nesse Sol
 
 De um lado eu vejo os caras tomando uma cerveja
 
 Do outro a multidão em direção para igreja
 
 Cada um busca pra você o que acha que é certo
 
 Respeitando o limite do próximo, que tá bem perto
 
 Pode deixa, vô que vô, eu também vô me arrumar
 
 Vô cola nessa dos crente, não quero me atrasar
 
 É nóis tiozão, vai com Deus, até mais
 
 Qualquer dia nóis se tromba no rolê, muita paz!
  
 
 Cada um faz da vida o que quiser
 
 Independente do que pensa ou de sua fé
 
 Respeito é a chave só não pode dar a pé
 
 Toda a quebrada é assim, assim que é!