Meu senhor lhe nego minha obediência
A minha goela tá tapada com um nó
Dá dó de ver o povo nessa relutância
E o senhor na abundância com a pança bem maior
Meu senhor lhe nego minha obediência
Vossa excelência nem parece que tem dó
Milhões de corpos padecendo na invernada
Quando junta o frio e a fome
Até estátua sente dor
Eu vi cair, aniquilado um combatente
Que tinha a frente a fome como inimiga
Seu corpo agora permanece ali calado
Com os bolsos revirados e aparência bem sofrida
A roda da voltas ao opressor
Quando o povo se unir nóis vai cobrar
A roda da voltas ao opressor
Quando o povo se unir nóis vai cobrar
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
Se a verdade um dia se sobrepõe
Com tanta violência na cidade
O senhor ainda tem coragem de dizer que se dispõe
Meu senhor pense na nossa penitência
Ver as senhoras ajoelhadas a rezar
Olhando os quadros relembrando da infância
Depois chora na esperança do seu filho retornar
Me diz senhor o que há em vossa consciência
Tenha talvez um pouco mais de compaixão
O povo vive pegando metrô lotado
E o senhor alimentando-as com muita ilusão
A roda da voltas ao opressor
Quando o povo se unir nóis vai cobrar
A roda da voltas ao opressor
Quando o povo se unir nóis vai cobrar
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
Eu vou seguir Lutando
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
Eu vou seguir Lutando
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
Eu vou seguir Lutando
O seu não
Não me limita mais
Eu vou seguir Lutando
Eu vou seguir Lutando