Já passou, sabe-se lá quando vai voltar 
 o homem tamborim e seu gingado mágico. 
    Desce o morro de gravata branca, tão brando o seu sorriso que espanta, 
 quem não leva fé no passo do malandro.   
 Deixa, entre um tombo e outro uma desconfiança, 
 um desconcerto feito estar na dança e não saber dançar sem par.   
 Há de abraçar até o dia, tropeçando de alegria em alegria 
 euforia de ser sempre o homem tamborim.   
 Ganha sempre em conversa de que "vai/não vai" 
 mas se a mulata for de um samba quente perde a fala e o medo de chorar.   
 Mas trava os olhos porque lágrima é sentimento sem sentido para quem reza aos ventos: 
 "Assim que Deus me quer, em pé".