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 Olha 
 Não vejo a hora de saltar do trampolim 
 Com a alma leve pelos ares a bailar 
 Que a tristeza é o pauco da minha vida. 
    Rezo 
 Para que a angústia fuja às luzes da ribalta 
 Minha labuta seja santa enquanto fossa 
 E o descaminho seja ainda uma saída.   
 Vê que esse sorriso pintado não tem graça, 
 Que todo esse aplauso não disfarça a falta que me faz 
 O teu carinho.   
 Bamba 
 Bamba é a corda que separa o meu amor. 
 O teu desprezo arde ao peito num pudor 
 Intempestivo quanto a hora da partida.   
 Bebo 
 Do sangue aflito e corrosivo da paixão, 
 Desvalido por quem sorve da razão, 
 Que me escapa entre os dedos feito brisa.   
 Deus, não me abandone na ilusão do picadeiro! 
 Sepudesse eu rogaria ao mundo inteiro 
 Para que um palhaço também pudesse amar.