Então é assim que acaba?
O brilho dos seus olhos é um clarão
Me lembra a luz de um farol
Então se as chamas falarem o meu nome
Vá Orfeu e traga minhas lembranças pra cá
Como uma marionete
Quis ouvir na voz, o meu nome
Mas será que lembra de todas as noites que lia pra ti?
Mesmo que não entenda e não se ofenda
Mas decidi esconder os meus olhos atrás dessa venda
Pra deixar pra trás, assim como eu deixei
As sombras e as cinzas nesse meu antigo lar
Não me surpreende não lembrar
Então que se fechem os meus olhos
E que a Decadência consuma seus ossos
Me pediu dor? Eu entrego
Você sempre foi mão do ódio
Ó Orfeu, me traga de volta
Apague as memórias
Enterradas em nosso lar
Ainda escuto sua voz nos corredores
Enquanto te entrego meus olhos
O barqueiro me faz encontrar
A luz dela de novo
Mesmo com o Devorador de Rostos
Não chegue mais perto da minha alma
Não vou deixar que roubem a minha marca
Eu quero voltar
Por que você se foi?
Ainda posso escutar sua voz
(Você não existe mais)
Luz e penitência, afaste-me da escuridão
Nunca existirá paz nesse meu clarão
Em seus fios dourados, mostrará a verdade enfim
Olhe em meus olhos, Dante, olhe para mim
Penitência
Marionete
Ainda escuto sua voz nos corredores
Enquanto te entrego meus olhos
O barqueiro me faz encontrar
A luz dela de novo
Mesmo com o Devorador de Rostos
Não chegue mais perto da minha alma
Não vou deixar que roubem a minha marca
Quebra esse silêncio do mar de mentiras
Irmão, cê não pode fugir
É o peso de se sentir esmagado
Esse cheiro pútrido lembra Jasmins
Se ver a verdade trancada em meus olhos
Talvez algum dia pudera entender
Que carregar todos esses sonhos perdidos
Dessas podres almas só cabe a você