- 1
Baitaca - Do Fundo da Grota
- 2
Baitaca - Reformando a Muié Véia
- 3
Baitaca - História do Tico Louco
- 4
Baitaca - Lamento de Pobre
- 5
Baitaca - O Valor Que Uma Mãe Tem
- 6
Baitaca - De Chão Batido
- 7
Baitaca - Tenho Orgulho Em Ser Campeiro
- 8
Baitaca - Destrinchando o Bagualismo
- 9
Baitaca - Peão Sem Sorte
- 10
Baitaca - Missioneiro Extraviado
- 11
Baitaca - Campeiro que Canta Triste
- 12
Baitaca - Lamento de Xucro
- 13
Baitaca - A Evolução Me Entristece
- 14
Baitaca - O Doutor, o Padre e o Peão
- 15
Baitaca - Cantiga de Xucro
- 16
Baitaca - Égua Baldosa
- 17
Baitaca - Rodeio Campeiro
- 18
Baitaca - Versos Xucros
- 19
Baitaca - Vida de Campeiro
- 20
Baitaca - Bagual Sem Freio
Do Fundo da Grota
Baitaca
Fui criado na campanha
Em rancho de barro e capim
Por isso é que eu canto assim
Pra relembrar meu passado
Eu me criei arremedado
Dormindo pelos galpão
Perto de um fogo de chão
Com os cabelo enfumaçado
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear do dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a cachorrada
Numa cama de pelego
Me acordo de madrugada
Escuto uma mão-pelada
Acuando no banhadal
Eu me criei xucro e bagual
Honrando o sistema antigo
Comendo feijão-mexido
Com pouca graxa e sem sal
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Eu escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a guapecada
Reformando um alambrado
Na beira de um corredor
No cabo de um socador
Com as mão broqueada de calo
No meu mango eu dou estalo
E sigo a minha campeirada
E uma perdiz ressabiada
Voa e me espanta o cavalo
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Eu escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a cachorrada
Lá no centro do capão
Ouço o piar de um nambu
Numa trincheira o jacu
Grita o sabiá nas pitanga
E bem na costa da sanga
Berra a vaca e o bezerro
No barulho do cincerro
Eu encontro os bois de canga
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a guapecada
Em rancho de barro e capim
Por isso é que eu canto assim
Pra relembrar meu passado
Eu me criei arremedado
Dormindo pelos galpão
Perto de um fogo de chão
Com os cabelo enfumaçado
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear do dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a cachorrada
Numa cama de pelego
Me acordo de madrugada
Escuto uma mão-pelada
Acuando no banhadal
Eu me criei xucro e bagual
Honrando o sistema antigo
Comendo feijão-mexido
Com pouca graxa e sem sal
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Eu escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a guapecada
Reformando um alambrado
Na beira de um corredor
No cabo de um socador
Com as mão broqueada de calo
No meu mango eu dou estalo
E sigo a minha campeirada
E uma perdiz ressabiada
Voa e me espanta o cavalo
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Eu escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a cachorrada
Lá no centro do capão
Ouço o piar de um nambu
Numa trincheira o jacu
Grita o sabiá nas pitanga
E bem na costa da sanga
Berra a vaca e o bezerro
No barulho do cincerro
Eu encontro os bois de canga
Quando rompe a estrela-d'alva
Aquento a chaleira
Já quase no clarear o dia
Meu pingo de arreio
Relincha na estrebaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete
Relincha o potro tordilho
Na boca da noite
Me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra enticar com a guapecada
