O sanshin que ganhei do meu avô esquecido em um canto Ainda me recorda do sabor do saquê das festas de aniversário Limpo a poeira com os dedos e estico as cordas frouxas pelo tempo Para tocar a canção da Ilha que preenche minha solidão
Lembro-me claramente dos dias que passei nesta região E com tamanha ternura que fizeram meu peito explodir Onde as flores de sanshin brotavam Sento-me aqui Quase em frente ao televisor E observo a lua aparecer No outro lado da janela Era este o sabor do saquê Que eu bebia nas festas de família E a música que eu ouvia Antes de dormir
Se um dia eu conseguir cantar A alegria e a tristeza Enterradas nesta ilha Que chora no outono, resiste no inverno, e na primavera florescem as flores do sanshin Nem este céu, nem o mar Parecem ter mudado O vento quente Ainda convidam a chuva para esta ilha Onde as flores do sanshin brotavam Chora no outono, resiste no inverno, e na primavera florescem as flores do sanshin