Como você quis
 
 Fi de pobre também quer Champion no braço
 
 Uísque, gelo no drink Champagne pro alto
 
 Usar vandute, Vulte, Cote, Dulce Gabana
 
 Ostentar no litoral com água de coca e Havaiana
 
 Reserva a mesa pra mim, que hoje é tudo nosso
 
 Playboy, fanfarra por aqui, então por que eu não posso ir?
 
 Vamos quebrada, ver o boizinho ver nesse troço
 
 Depois voltar pra favela, porque é de lá que eu gosto
 
 Eu sei que boy também quer entrar no baile e curte igual nós
 
 Mas no meio da geral, chega até a perder a voz
 
 Fica a critério me infiltrar ou me jogar no gueto
 
 Mas eu prefiro uma fogueira, os mano junto faz desse jeito
 
 E se eu pixar e me pedir de entrar em paz no cinema?
 
 Se a condição é até o chão, sou dessas não
 
 E esse é o problema, na ocasião tem censura
 
 A pele escura ou impressão minha?
 
 Na região tem maconha, terra na unha, invadir é o comum
 
 Norte a sul, é gera guerra na paz
 
 Entre três, vai ter um, quebrando as regras, rapaz
 
 Pra vocês, um a um, no fla-flu, nem dá mais
 
 Outro mês, em jejum, melhor não, corre atrás
 
 Mas atenção menino, que o som é num talo
 
 Sem brincadeira aqui, falo é sério
 
 Antes de tudo um salve, abraço pra aqueles que eu considero
 
 Tamo no jogo, antes que eu vou, com cautela confere se tem fé na banguela
 
 E conforme for, fica naquela, fazer o que é o que a rua gera
 
  
  Eu quero tudo que negar o que sonhei
 
 Eu tô no jogo e quem não tá se liga irmão
 
 Se tem pra ele eu também quero, nem escuto o martelo
 
 Pro arrebento eu vou no nego, pro mais sinistro, a suave império sou mais
 
 Minha atitude pro debate, olho a olho Separo o joio do trigo e pus covarde
 
 Eu quero ouro, champanhe pra travar
 
 Não deixo montar casinha, quebro regras, só confere e negar
 
 Tudo na treta do meu barraco, ao som de esquina
 
 Discurso, maconha livre, mais arroz pra nós nem vira
 
 Campanha de cara larga, caguete, fim da quadrilha
 
 Eu sou por todos os que pensam, que trabalham sem estia
 
 Do momento certo, bote ligeiro no boy arrombado
 
 Que vem do fundo, cabeça erguida, gingado, sinistro, jamais fracassado
 
 Eu sou do time viela, junto com as parceira no som de favela
 
 Meus olhos indicam minha trilha, recalque a mata, então fim de conversa
  
 
 Tanto tempo calado, mas chegou a hora e agora
 
 Vou falar, já tá engatilhado, vou botar pra fora na tora
 
 E eu vi maquinado de cano cerrado, em pleno cerrado
 
 Em frente as crianças sacando bagulho malandro, ó cerrado
 
 Me chamam de reina inquérito, mistra é mudança, tio do que quiser
 
 E eu vou de SP ao DF, levando meu rap, carona com a base, não tô a pé
 
 Sou câmbio negro, viaja, sou álibi, muito respeito ao mestre Genival
 
 Baseado nas ruas, Rafa us Magrelo, provérbio X, cirurgia moral
 
 Sonhava bem fazer magistério, mas morreu no baile sem nenhum critério
 
 A vida não vale um minério, a prata e o ouro leva ao cemitério, é sério
 
 De que adianta fazer vários show lotado Se os irmão ainda sai do salão baleado
 
 Pra toda bela dona, pra todo vagabundo
 
 Que entendeu que a mensagem aqui vai bem mais a fundo
 
 Se o malandro soubesse como é bom ser honesto
 
 É, i a ser honesto só de malandragem
 
 Assim é fácil ser ladrão, né? Tem o plano, o piloto
 
 E ainda consegue fuga no julgamento
 
 Vida longa, periferia de Brasília
 
 Morte aos engravatado e a toda sua quadrilha