Gente negra da Bahia
Morre todo santo dia
E vive com sodade dela
Salvador foi moradia
Terreiro de mãe Stella
E teve Oxóssi como guia
Minha mãe
Minha estrela-guia
Rezando em iorubá
Me cobre com a magia
E cantando ijexá
Desperta a luz do dia
Okê Arô!
Meu São Jorge Guerreiro
Okê Arô!
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
Do novo cativeiro
Okê Arô!
Meu São Jorge Guerreiro
Okê Arô!
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
Do novo cativeiro
Centenária e vital
E de saber imortal
Notável oralidade
Em livros registrada
Cultura viva, encantada
Que jamais seria contada
Ialorixá, minha mãe de fé
No toque do tambor, o meu axé
Chama Mãe Ondina, que é de Oxalá
Pra baixar no terreiro, nosso lugar
Longe de África, onde eu vim parar
Chama também Menininha
Pra um canto entoar
Okê Arô!
Meu São Jorge Guerreiro
Okê Arô!
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
Do novo cativeiro
Okê Arô!
Meu São Jorge Guerreiro
Okê Arô!
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
Do novo cativeiro