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Brilhantes do Forró - Segura o chororô
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Brilhantes do Forró - Meio Dia
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Brilhantes do Forró - Se avexe não
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Brilhantes do Forró - Se tu morasse aqui pertinho
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Brilhantes do Forró - Rei do Baralho
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Brilhantes do Forró - A linda das mais lindas
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Brilhantes do Forró - Amor do Sertão
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Brilhantes do Forró - Sabiá
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Brilhantes do Forró - Saga de um vaqueiro
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Brilhantes do Forró - Timidez
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Brilhantes do Forró - Volta amor
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Brilhantes do Forró - Xote Universitário
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Brilhantes do Forró - Aflição
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Brilhantes do Forró - Amigo Apaixonado
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Brilhantes do Forró - Amor Unilateral
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Brilhantes do Forró - Anjo Querubom
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Brilhantes do Forró - Ave Sem Ninho
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Brilhantes do Forró - Barrakeira
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Brilhantes do Forró - Belle De Jour
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Brilhantes do Forró - Cavaleiro da Noite
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Brilhantes do Forró - Chá de Costa
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Brilhantes do Forró - Jardim dos Animais
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Brilhantes do Forró - Me dá meu coração
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Brilhantes do Forró - Menina Prenda
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Brilhantes do Forró - Menino Bicho
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Brilhantes do Forró - Minha doce estrela
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Brilhantes do Forró - Nostalgia
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Brilhantes do Forró - Olhei pro Mar
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Brilhantes do Forró - Onda canta o sabiá
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Brilhantes do Forró - Perguntas sem respostas
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Brilhantes do Forró - Pior que tudo isso é te perder
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Brilhantes do Forró - Raízes do Nordeste
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Brilhantes do Forró - Represa do Querer
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Brilhantes do Forró - Sala de Reboco
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Brilhantes do Forró - Se ainda existe amor
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Brilhantes do Forró - Se lembra coração
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Brilhantes do Forró - Se tu quiser
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Brilhantes do Forró - Separação
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Brilhantes do Forró - Será?
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Brilhantes do Forró - Surra de Amor
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Brilhantes do Forró - Tá na cara
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Brilhantes do Forró - Toneladas de amor
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Brilhantes do Forró - Um nós por dois eus
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Brilhantes do Forró - Um Passarinho
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Brilhantes do Forró - Vida de vaqueiro
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Brilhantes do Forró - Você endoideceu meu coração
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Brilhantes do Forró - Volta pra mim
Saga de um vaqueiro
Brilhantes do Forró
Como um vaqueiro tem suas perdas e suas glórias...
Mesmo sendo forte, o coração é um menino...
Que ama e chora por dentro, e segue o seu destino,
Desde cedo assumi minha paixão,
De ser vaqueiro, de ser um campeão,
Nas vaquejadas sempre fui batalhador,
Consegui respeito por ser um vencedor...
(música gravada no 3° Cd Voz & Violão da Rita de Cássia, cantora e compositora)
Da arquibancada uma morena me aplaudia,
Seus cabelos longos, olhos negros, sorria,
Perdi um boi naquele dia lá na pista,
mas um grande amor surgia em minha vida...
Naquele dia começou o meu dilema,
Apaixonado por aquela morena,
Cada boi que eu derrubava, ela aplaudia
E eu, todo prosa, sorria...
Então começamos um namoro apaixonado,
Ela vivia na garupa do meu cavalo,
Meus planos já estavam, traçados em meu coração,
De tê-la como esposa ao pedir a sua mão,
Que tristeza abalou meu coração,
Quando seu pai negou-me sua mão,
Desprezou-me, por eu ser um vaqueiro,
Pra sua filha só queria um fazendeiro,
A gente se encontrava, sempre às escondidas,
E vivia aquele amor, proibido,
Cada novo encontro era sempre perigoso,
Mas o nosso amor era tão gostoso,
Decidimos então fugir, pra outras vaquejadas,
Queríamos seguir,
Marcamos um lugar, pra gente se encontrar,
Mas na hora marcada ela não estava lá,
Voltei em um galope,
Saí cortando vento,
Como se procura uma novilha, num relento,
E tudo em mim chorava por dentro...
E tudo em mim chorava por dentro...
Vieram me contar, que mandaram ela pra longe,
Onde o vento se esconde, e o som do berrante se desfaz
E um fruto do nosso amor,
Ela estava a esperar...
Fiquei desesperado, por tamanha maldade,
Pensei fazer desgraça, mas me controlei,
E saí pelo mundo, um vaqueiro magoado,
Só por que um dia eu amei...
Passaram muitos anos, e eu pelo mundo,
De vaquejada, em vaquejada, sempre a viajar,
Era um grande vaqueiro,mais meu coração, continuava a penar...
Um dia eu fui convidado, pra uma vaquejada,
Naquela região...
Pensei em não voltar lá, mas um bom vaqueiro,
Nunca pode vacilar,
Nunca mais soube de nada, do que lá acontecia,
Eu fugia da minha dor, e da minha agonia,
Ser sempre campeão, era a minha alegria,
Depois de dezessete anos, preparei-me pra voltar,
Como um campeão,
Queria aquele prêmio pra lavar meu coração,
Mas sabia que por lá, existia um vaqueirão,
Começou a vaquejada em uma disputa acirrada,
Eu botava o boi no chão, ele também botava,
Eu entrei na festa,
E ele lá estava,
Eu fiquei impressionado, como ele era valente,
Tão jovem e tão forte, e tão insistente,
Eu derrubava o boi,
E ele sempre a minha frente,
Chegava o grande momento, de pegar o primeiro lugar,
Os dois eram os mais fortes, eu não iria derrubar,
E sorri comigo mesmo "desta vez eu vou ganhar"...
Quando me preparava, para entrar na pista,
Quando olhei de lado, quase escureci a vista,
Quando vi uma mulher,
Aquela que foi a minha vida,
Segurei no meu cavalo, para não cair,
Tremi, fiquei nervoso, quando eu a vi,
Enxugando e abraçando,
O vaqueiro bem ali,
Entrei na pista como um louco,
Um batisteira a percebeu,
Andei foi longe do boi,
"Há isso nunca aconteceu!"
O Vaqueiro entrou na pista, e eu fiquei a observar,
Ela acenava, ela aplaudia,
E ele, o boi a derrubar,
Derrubou o boi na faixa,
Ganhou o primeiro lugar...
Fiquei desconsolado, envergonhado eu fiquei,
Perdi o grande prêmio,
Isso até eu nem liguei,
Mas perder aquele amor,
Há eu não me conformei,
Ela veio sorridente, em minha direção,
E trouxe o vaqueiro, pegado em sua mão,
Olhou-me nos meus olhos, e falou com atenção:
"Esse é o nosso filho, que você não conheceu,
Sempre quis ser um vaqueiro, como você, um campeão,
E pela primeira vez, quer a sua atenção..."
"Eu chorava, de feliz,
Abraçado, com meu filho,
Um vaqueiro, como eu, eu nunca tinha visto,
Posso confessar, que o maior prêmio,
Deus me deu..."