Cada manhã é um começo, ou talvez um fim
Dentro e fora, já nem sei qual parte é real em mim
Meu reflexo no vidro mostra outro olhar
Quem tá vivendo quando aperto pra entrar?
Meu dia quebra em pedaços, rotina brutal
Identidade escondida, separação mental
Nove às cinco, um enigma, fragmentação
Cada passo que dou amplia a divisão
O que sobrou de mim eu não reconheço mais
Quem é que fica aqui e quem é que sai?
Memórias proibidas, não posso voltar atrás
Será que eu escolhi ou escolhem por nós?
Eu me quebro, me separo, já não sei quem sou
Vivo preso em dois mundos que não se encontram
Cada escolha que eu faço é uma nova dor
Eu me perco entre o real e o que me contam
Dentro desse labirinto, perdi a razão
Quem trabalha aqui não sente mais o coração
Sei que há um mundo lá fora, tão distante assim
Mas quando passo da porta, já não lembro de mim
O que sobrou de mim eu não reconheço mais
Quem é que fica aqui e quem é que sai?
Memórias proibidas, não posso voltar atrás
Será que eu escolhi ou escolhem por nós?
Eu me quebro, me separo, já não sei quem sou
Vivo preso em dois mundos que não se encontram
Cada escolha que eu faço é uma nova dor
Eu me perco entre o real e o que me contam
Se eu pudesse encontrar quem desenhou assim
Essa linha invisível que separa em mim
Entre a luz e a sombra, já não sei dizer
Se é melhor não lembrar ou então esquecer
Cada noite é um recomeço, ou talvez o fim
Despertar é uma sentença, já não vivo em mim
Meu reflexo se divide, tenho medo agora
Cada lado uma prisão, quero sair lá fora