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Carlos Eduardo Taddeo - Mês de Maio
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Carlos Eduardo Taddeo - A Lágrima da Rosa
- 3
Carlos Eduardo Taddeo - Depósito dos Rejeitados
- 4
Carlos Eduardo Taddeo - Democracia Racial de Sangue
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Carlos Eduardo Taddeo - Substância Venenosa
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Carlos Eduardo Taddeo - Eu Acredito
- 7
Carlos Eduardo Taddeo - Traidor
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Carlos Eduardo Taddeo - Don Corleone do Gueto
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Carlos Eduardo Taddeo - A Era das Chacinas
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Carlos Eduardo Taddeo - Sentença Capital
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Carlos Eduardo Taddeo - Recaída
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Carlos Eduardo Taddeo - O Necrotério Dos Vivos
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Carlos Eduardo Taddeo - Senhor Candidato
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Carlos Eduardo Taddeo - A Fantástica Fábrica de Cadáver
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Carlos Eduardo Taddeo - Anjos Violentados
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Carlos Eduardo Taddeo - Balas Endereçadas
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Carlos Eduardo Taddeo - Estamos Mortos
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Carlos Eduardo Taddeo - A Mesa de Autópsia
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Carlos Eduardo Taddeo - Cadê o Sensacionalismo
- 20
Carlos Eduardo Taddeo - Abc do Feminicídio
- 21
Carlos Eduardo Taddeo - Perdoar Nunca, Esquecer Jamais
- 22
Carlos Eduardo Taddeo - Rap Ostentação
- 23
Carlos Eduardo Taddeo - Morreria Feliz
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Carlos Eduardo Taddeo - 1000 Graus Centígrados
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Carlos Eduardo Taddeo - 2025
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Carlos Eduardo Taddeo - Brilho Esfacelado
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Carlos Eduardo Taddeo - Não Sou Um de Vocês
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Carlos Eduardo Taddeo - O Preço da Traição
- 29
Carlos Eduardo Taddeo - Sob o Signo do Medo
- 30
Carlos Eduardo Taddeo - Morra de Pé Não Viva de Joelhos
- 31
Carlos Eduardo Taddeo - Não Vou Me Omitir
- 32
Carlos Eduardo Taddeo - Parque Dos Monstros
- 33
Carlos Eduardo Taddeo - Prisão do Remorso
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Carlos Eduardo Taddeo - Endereçado À Sociedade
- 35
Carlos Eduardo Taddeo - O Mal Sempre Vence
- 36
Carlos Eduardo Taddeo - Os 13
- 37
Carlos Eduardo Taddeo - 24 Horas Sem Velório
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Carlos Eduardo Taddeo - Aprendendo Com Os Corpos Desfigurados
- 39
Carlos Eduardo Taddeo - Falando de Amor
- 40
Carlos Eduardo Taddeo - Quero a Igualdade
- 41
Carlos Eduardo Taddeo - Império Dos Ossos
- 42
Carlos Eduardo Taddeo - Inferno Na Torre
- 43
Carlos Eduardo Taddeo - Os Cravos do Holocausto
- 44
Carlos Eduardo Taddeo - Playground do Diabo
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Carlos Eduardo Taddeo - Regime Disciplinar Diferenciado
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Carlos Eduardo Taddeo - A Mão Que Assalta o Berço
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Carlos Eduardo Taddeo - A Voz Que Vem Das Ruas (part. Nego Mola)
- 48
Carlos Eduardo Taddeo - Auto Sabotagem (part. Karol Kolombiana)
- 49
Carlos Eduardo Taddeo - Dossiê
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Carlos Eduardo Taddeo - Manicômio Judiciário
- 51
Carlos Eduardo Taddeo - Não Existem Civis
- 52
Carlos Eduardo Taddeo - Órfão
- 53
Carlos Eduardo Taddeo - Por Trás do Cartão Postal
- 54
Carlos Eduardo Taddeo - As Vozes da Estatística
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Carlos Eduardo Taddeo - Entre o Paraíso e o Purgatório
- 56
Carlos Eduardo Taddeo - Paz Impossível
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Carlos Eduardo Taddeo - Que Pena Pai
- 58
Carlos Eduardo Taddeo - Recomeçar
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Carlos Eduardo Taddeo - Transe Hipnótico
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Carlos Eduardo Taddeo - Banco Dos Réus
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Carlos Eduardo Taddeo - Buscando o Que É Meu Por Direito
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Carlos Eduardo Taddeo - Conzpirasom (part. Trilha Sonora do Gueto e Ferréz)
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Carlos Eduardo Taddeo - De Homem Pra Homem
- 64
Carlos Eduardo Taddeo - Desde o Ventre Materno
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Carlos Eduardo Taddeo - Finalização: Viver É Revolucionar
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Carlos Eduardo Taddeo - A Linha de Produção
- 67
Carlos Eduardo Taddeo - O Fugitivo
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Carlos Eduardo Taddeo - Os Inimigos Não Tiram Férias
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Carlos Eduardo Taddeo - Sociedade dos Homens Invisíveis
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Carlos Eduardo Taddeo - Estado Islâmico Pro Estado (part. Ordem Própria)
A Fantástica Fábrica de Cadáver
Carlos Eduardo Taddeo
A MAG troca miolos por tecido necrótico
Somos matéria-prima da mais produtiva estatal
Onde gambé põe armas no bar em fraude processual
50 Mil defuntos só é a taxa apresentada
Por que homicídio no Datasus é morte de causa ignorada
Sem as cabeças certas decepadas por Makita
Ser o corpo na cena de crime do Geacrim virou sina
Nem a criminalística do Sudão
Examina tantos jovens com sinais claros de execução
Tanto enforcado com as tripas nas diligências
Que encobrem a lei do abate com auto de resistência
Wilhelm Mauser e John Browning vão acabar canonizados
Pela graça do recorde em sangue coagulado
Pela procura de prótese da indústria ortopédica
Que acerta amputações com a junta médica
Quando mais espoleta, propelente, rigidez cadavérica
Mais concreto balístico vendido pra apê e lotérica
A Fenavist pede pra Globo terror no esquete
E colhe fechamento no azul, garagem com Shelby
O mercado macabro precisa do reclame post-mortem
De tórax com balote no dublê da Amarok
O líder mirim do 1-5-7 na Versace
É diesel pra caldeira da fantástica fábrica de cadáver
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
Tabaco, álcool, crack, fuzil antiaéreo
A linha de montagem começa no berço e vai até o cemitério
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
De vassoura ou M2, em trégua ou no embate
Todos sangram na fantástica fábrica de cadáver
Da hora quando o boy é confundido pela Tático
Mostra pra elite a eficácia dos seus demônios fardados
Não chora, viúva, por sua perda!
Cumpriram a ordem do seu marido: Atirar na cabeça!
A campanha pede o desarmamento da periferia
Só que os calibres letais protegem a burguesia
As armas quentes e frias, que revivem Birkenau
Tão na cinta dos que vigiam torre empresarial
Qual o sentido do meu arsenal musical
No ouvido dos sucessores da matança em escala industrial?
O boy da Pink Elephant de hoje é o carrasco de amanhã
Que vai imitar os passos do coronel Ubiratan
É o cuzão que vai seguir te educando
Pra mandar via SMS que o correntista tá sacando
O sistema quer você no busão, irritado
Com a marcha contra o genocídio, que deixa o trânsito engarrafado
Porque assim, gringo não vê que o país da moda
É líder em mortes por arma de fogo, deficiência dolosa
Não vê que no Romão Gomes cumprem pena de um ano
Por decapitar excluído ainda respirando
Henry Ford se curvaria à montadora
Que produz por hora cinco carros furados por metralhadora
Nem com Napalm e Sarin se alcança a produtividade
Da fantástica fábrica de cadáver
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
Tabaco, álcool, crack, fuzil antiaéreo
A linha de montagem começa no berço e vai até o cemitério
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
De vassoura ou M2, em trégua ou no embate
Todos sangram na fantástica fábrica de cadáver
No IML, todo dia, alerta amarelo
Não pra esperar vítima de desastre aéreo
Separador de costelas fica a postos e afiado
Aguardando o novo massacre de maio
É praxe na lavoura das cruzes, perfuração na mão
Sinal de proteção contra agressão
É praxe na lavoura das cruzes, quando a tropa ataca
Imagens incriminadoras requisitadas
Não existe lucro pra nós na PT entupida
Ela funciona como pivô da venda dos seguros de vida
Sem os desmanches cortando a lataria do Chevrolet
É falência pra Marítima, Porto, Santander
Sobrevivência também é boicotar o empresariado
Que despreza o perfil do favelado
Não tem nós no reclame da Ruffles, da Colgate
Então não consuma o preconceito moldado em embalagem
Pelo rico, a aniquilação nunca vai ser cessada
Porque carboniza poucos da playboyzada
Pra cada 10 latrocínios de burguês
Entram na sala de necrópsia 4 mil de nós por mês
Longe do poder, só vamos preservar a espécie
Nascendo com uma película anti-chumbo na pele
Nem roteiro de ficção se aproxima da barbárie
Cometida na fantástica fábrica de cadáver
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
Tabaco, álcool, crack, fuzil antiaéreo
A linha de montagem começa no berço e vai até o cemitério
Trá, trá, trá, trá, o sistema vai modelar
Matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar
De vassoura ou M2, em trégua ou no embate
Todos sangram na fantástica fábrica de cadáver