Vagando até,ao Deus dará
 
 Do meu futuro o que será
 
 Ninguém se toca
 
 Que não quero ser pivete
 
 Eu quero escola e não uma de cola
 
 Ser manchete matinal 
 
 Estirado numa vala
 
 Não quero pena nem sentença
 
 Ser condenado a recompensa
 
 Nem ser taxado 
 
 De moleque marginal
 
 Eu quero reguá,um caderno e uma caneta 
 
 Sem bereta ou escopeta
 
 Decidindo o meu final
 
 Não quero a Sé,
 
 Candelária ou Funabem
 
 Nem ve presa a liberdade 
 
 Pelas telas da Febem 
 
 Eu quero ter direito,livre de preconceito,
 
 De ser cidadão 
 
 Do que eu presciso é sua mão
 
 Não quero a sua compaixão 
 
 Pra que mais tarde não me dê 
 
 Como presente a detenção 
 
 Eu quero amor curando os "ais"
 
 O seu carinho satisfaz
 
 Você não vê que sou criança 
 
 Carente de paz.