(Oba, viva, veio a enchente O Uruguai transbordou Vai dar serviço prá gente Vou soltar minha balsa no rio Vou rever maravilhas Que ninguém descobriu.)
Amanhã eu vou m'embora Pros rumo de Uruguaiana Vou levando na minha balsa Cedro, angico e canjerana. Quando chegar em São Borja Dou um pulo a Santo Tomé Só pra ver as correntinas E pra bailar um chamamé.
(Oba, viva, veio a enchente O Uruguai transbordou Vai dar serviço pra gente Vou soltar minha balsa no rio Vou rever maravilhas Que ninguém descobriu.)
Ao chegar no Salto Grande Me despeço deste mundo Rezo a Deus e a São Miguel E solto a balsa lá no fundo Quem se escapar deste golpe E chegar salvo na Argentina Lá duvido que se escape Do olhar das correntinas