Da janela lateral Do quarto de dormir Vejo uma igreja Um sinal de glória Vejo um muro branco E um voo, pássaro Vejo uma grade Um velho sinal
Mensageiro natural De coisas naturais Quando eu falava Dessas cores mórbidas Quando eu falava Desses homens sórdidos Quando eu falava Deste temporal Você não escutou
Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar Eu apenas era
Cavaleiro marginal Lavado em ribeirão Cavaleiro negro Que viveu mistérios Cavaleiro e senhor De casa e árvore Sem querer descanso Nem dominical
Cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Conheci as torres E os cemitérios Conheci os homens E os seus velórios Quando olhava Da janela lateral Do quarto de dormir
Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Um cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Você não quer acreditar