Barco De Papel 
 (Creone/Barrerito) 
      Meu grande amor somos dois barcos tristes, 
 Que navegamos sempre em ondas fortes, 
 Sempre seguimos rumos diferentes, 
 Um vai pro sul e o outro vai pro norte,   
 Pra onde vamos não existe porto, 
 Pro mar da vida somos clandestinos, 
 Dois condenados a morrer de amor, 
 Na tempestade do fatal destino,   
 Estou  perdido e você também, 
 Estamos os dois a chorar de saudade, 
 Não adianta navegar pra longe, 
 Se está tão perto a felicidade,   
 Estamos presos pelo compromisso, 
 que a própria honra obriga cumprir, 
 Mas, que os nossos corações desejam, 
 Os nossos lábios não podem pedir,   
 Nas minhas noites de cruel revolta, 
 Sinto por dentro um coração que chora, 
 Mas, o relógio do tempo marcou, 
 O nosso encontro tão fora de hora,   
 Me vi perdido pelo mar da vida, 
 sempre enfrentando a onda cruel, 
 Jamais iremos alcançar o porto, 
 Porque o nosso barco é de papel...   
 Jamais iremos alcançar o porto, 
 Porque o nosso barco é de papel...