No horizonte quando à tardinha desmaia
 
 O luar na samambaia dá a nítida impressão
 
 De um abajur feito pelas mãos divinas
 
 Derramando nas colinas gotas de prata no chão
 
  
  E a natureza que acolhe os passarinhos
 
 Entre seus milhões de ninhos mapeados no sertão
 
 Abrindo as asas quando o dia amanhece
 
 Revoando agradece o poder da criação
  
 
 E na beleza infinita da bonança
 
 Todo o verde da esperança ofusca os olhos meus
 
 Em cada ser, em cada gesto, em cada flor
 
 Sinto a luz do amor nascer do ventre de Deus
  
 
 Na alvorada raios vermelhos do Sol
 
 Cobre todo o lençol de orvalho que caiu
 
 Banhando as fases das tulipas e violetas
 
 Multicores borboletas sobre a flor que se abriu
  
 
 E a cigarra no verão de Sol bem quente
 
 Seu canto encanta a gente, só sabe mesmo é quem viu
 
 Quem vive longe dessa magistral beleza
 
 Posso dizer com certeza que não conhece o Brasil
  
 
 E na beleza infinita da bonança
 
 Todo o verde da esperança ofusca os olhos meus
 
 Em cada ser, em cada gesto, em cada flor
 
 Sinto a luz do amor nascer do ventre de Deus