Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
 
 O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu
 
 O meu deus não manda fazer a guerra
 
 E em nome dele destruir a terra
 
 O meu deus não envia passaportes para a morte
 
 O meu deus não deixa cada um à sua sorte
 
 O meu deus sonha com um mundo melhor
 
 O meu deus sublime não provoca temor
 
 O meu deus comunica directamente comigo
 
 Apoia a alma quando o corpo está ferido
 
 Para si deve ter a linha ocupada
 
 Diga ás beatas que a ligação está estragada
 
 Elas que se masturbam em segredo
 
 Num tarado de meia-idade não é esse o enredo
 
 Visita a indonésia com mensagens de amor
 
 Esquece as pessoas que sofrem em Timor
 
 É normal, é o papa a coroar o imperador
 
 Bárbaros, animais e infiéis não sentem dor
 
  
  Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
 
 O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu
  
 
 O meu deus é real, defende a vida
 
 Mas não quer ver no mundo criança que não seja querida
 
 O meu deus não tem nenhuma cor
 
 O meu deus ama seja que raça for
 
 O meu deus não e homem nem mulher
 
 O meu deus não alimenta lutas por poder
 
 O meu deus não tem preferência sexual
 
 Não é hetero nem homossexual
 
 Representa igualdade de direitos
 
 O meu deus não tem quaisquer preconceitos
 
 É um feeling um estado de espírito
 
 Vibração mais forte que qualquer rito
 
 A igreja sempre foi castradora
 
 Reacção à inovação sempre repressora
 
 Causadora de inúmeras mortes
 
 Por medo de verdades demasiado fortes
 
 Tirem-me tudo menos a minha Liberdade
 
 De pensar, sentir escrever com dignidade
  
 
 Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
 
 O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu