Quais os seus motivos pra seguir
Quando nada mais faz sentido
Quais os meus motivos pra sentir
Quando ninguém sente o que eu sinto
No meio da multidão, eu me senti sozinho
No meio da reflexão que eu encontrei espinhos
No meio dessa confusão, já quase extinto
Por meio da composição que eu me senti vivo
Por meio de vias estreitas, eu fiz o meu caminho
Por meio de 7 trombetas, trombei com meu destino
Hoje não, hoje não, vou seguir minha projeção
Usar o dom da ação, não da imaginação
Hoje ela não vai me ganhar, foda se a procrastinação
Vou mudar isso agora, tenho o dom da criação
Geral no The Town nesse momento
E eu no meu trampo morrendo por dentro
Mutando sentimentos, sem ter um exemplo
De como seguir, sem ser obsceno
Eu era obsoleto, hoje sou obtuso
Não atraso os boletos, controle absurdo
Lidando com os medos, sigo o absoluto
Hoje eu posso iluminar, pois já fui obscuro
Se ninguém auxiliar, então me autoajudo
Se ninguém vem me curar, então me autocuro
São muitos pra falar, todos com baixo custo
Só às minhas críticas, que eu me autopuno
O dom da lírica, acompanha os juros
Pra você se encaixar, tu vai apanhar muito
Mas a dívida, de ser um cara astuto
É ter que saber controlar a ira do próprio punho
Então não revidar, é a escolha do burro?
Como deixou passar? Eu logo dava um murro
Porque pra contornar, o silêncio diz muito
Raiva ensina gritando, amor ensina mudo
A raiva ensina o olhar, amor ensina o intuito
Raiva ensina o pesar, amor ensina o luto
Raiva ensina a jogar, amor ensina seu curso
Raiva ensina o matar, amor ensina o defunto
E quando a raiva passar, ai cê vem com discurso
Todos podem errar, mas mais de uma é muito
Quantas desperdiçar, até virar estúpido
Se os porcos te cobrar, você vira presunto
No céu tão longe, mas me sinto perto
Meu caminho é luz, mesmo quando escuro
Mesmo no breu, eu brilho por dentro
Me disseram fim, mas eu fui mais puro
Não sou mais refém do que me disseram
Não entendo tudo, mas sei quando é certo
Para ser ser humano, Deus me fez feto
Estrela caída, virou universo