Sei lá não sei, sei lá não sei não 
 A mangueira é tão grande 
 Que nem cabe explicação 
    Vista assim do alto 
 Mais parece um céu no chão 
 Sei lá 
 Em mangueira a poesia feito um mar, se alastrou 
 E a beleza do lugar, pra se entender 
 Tem que se achar 
 Que a vida não é só isso que se vê 
 É um pouco mais 
 Que os olhos não conseguem perceber 
 E as mãos não ousam tocar 
 E os pés se recusam pisar 
 Sei lá não sei 
 Sei lá não sei   
 Não sei se toda beleza de que lhes falo 
 Sai tão somente do meu coração 
 Em mangueira a poesia 
 Num sobe e desce constante 
 Anda descalça ensinando 
 Um modo novo da gente viver 
 De pensar, de sonhar e sofrer 
 Sei lá não sei, sei lá não sei não 
 A mangueira é tão grande 
 Que nem cabe explicação   
 Fala, mangueira, fala 
 Mostra a força da sua tradição 
 Com licença da portela, favela 
 Mangueira mora no meu coração 
 Fala, mangueira, fala 
 Mostra a força da sua tradição 
 Com licença da portela, favela 
 Mangueira mora no meu coração   
 Mangueira teu cenário é uma beleza 
 Que a natureza criou 
 O morro com seus barracões de zinco 
 Quando amanhece que esplendor   
 Todo mundo te conhece ao longe 
 Pelo som de teus tamborins 
 E o rufar do teu tambor 
 Chegou ô, ô, ô 
 A mangueira chegou, ô, ô 
 Chegou ô, ô, ô 
 A mangueira chegou, ô, ô   
 Levanta mangueira 
 A poeira do chão 
 Samba do coração 
 Levanta mangueira 
 A poeira do chão 
 Samba do coração   
 Em mangueira na hora da minha despedida 
 Todo mundo chorou, todo mundo chorou 
 Foi pra mim a maior emoção da minha vida 
 Pois em mangueira e meu coração ficou 
 Em mangueira na hora da minha despedida 
 Todo mundo chorou, todo mundo chorou 
 Foi pra mim a maior emoção da minha vida 
 Pois em mangueira e meu coração ficou   
 Ficou 
 Pra machucar meu coração 
 Ficou 
 Pra machucar meu coração