Voa gaivota, gaivota voa!
Avisa lá em Lisboa
Que estou entre Goa e Macau
A serviço de Portugal!
Querida Lisboa, quanta saudade do teu carinho
Também de Amália e Carminho!
No meu navegar
Para amenizar a tristeza, levo uma guitarra portuguesa
Para um fado bem tocado, num português bem falado!
Em cada canto de Lisboa, ô Malhoa!
Encante com seu canto
O nosso acalanto
Numa poesia de Pessoa!
Voa gaivota, gaivota voa!
Avisa lá em Lisboa
Que estou entre Goa e Macau
A serviço de Portugal!
Por onde tenho navegado
Deixo o nosso legado
De amor e emoção
Para a nova geração, conhecer a nossa canção
E a beleza da alma portuguesa
Aqui no distante além-mar
Nesta vida de Marinheiro
Solto o meu cantar
Na música de Severino e Marceneiro
Em cada canto de Lisboa, ô Malhoa!
Encante com seu canto
O nosso acalanto
Numa poesia de Pessoa!
No meu regresso, preparem as Guitarras de Lisboa
Chamem o pessoal da Gamboa
Coloquem o vinho sobre a mesa
Pois, vou festejar em nossa casa portuguesa
Se Deus quiser, vou rever o Alfama
Vou agradecer na Sé, e vou para o Cais do Sodré
Onde a me esperar, tem uma boa cama, e uma linda mulher
Voa gaivota, gaivota voa!
Avisa lá em Lisboa
Que estou entre Goa e Macau
A serviço de Portugal!