Pelo canto dos olhos Me escapa uma versão diferente Daquela que insinua todo dia Fingindo não ter coração
E não é por mal E nem por fraqueza que as coisas são assim Mas suavemente disfarça como quem diz: "Me deixe viver a vida que eu tenho Que a minha alegria eu mesma invento Se acaso vier me encontrar Deixe que eu me vire sozinha Quero ser inteira minha pra poder me cuidar"
Se te vi achando graça Dos maiores problemas de que se tem notícia Eu te aprendi A duras penas, mas de um jeito bonito Ainda que me doa um pouco te encontrar no desencontro
E não é por mal (e não é por mal) E nem por fraqueza que as coisas são assim Mas discretamente confessa como quem diz: "Me deixe te ter assim ao meu gosto Que na minha saudade eu encontro o meu amor."