Pracinha da matriz (3)
(guarânia) duêmio.
Olhando agora a nossa fotografia
Que juntos tiramos na pracinha da matriz
Ela estava deslumbrante em meus braços
A gente era apaixonados e tão felizes
Tão radiante, delirando de amor,
Infelismente, com ela, não me casei
Um certo dia ví meu mundo ir ao chão
Pois eu perdia aquela que tanto amei.
Tempos depois, eu vi a noiva mais bonita
Entrar na igreja e com outro se casar
Ali, sentei-me novamente no banquinho
Não me contive, fui obrigado á chorar
Quando o sino da matriz tocou prá ela
Entre soluços, vi o meu pranto roular
Eu que sonhava me casar com ela, um dia
Vi o meu sonho, de repente se acabar.
Toda de branco, ao sair daquela igreja,
Me avistou no banquinho, ali sentado
Olhou em mim e com certeza se lembrou
Nossos momentos tão bonitos do passado
Hoje, olhando a matriz, tenho certeza
A gente vem, já com o destino traçado
Se assim, não fosse, com certeza eu teria
Invéz do outro, com meu amor, me casado.
Vicente lopes farnézio (duêmio).
