Toda vez que eu saco um blues
 
 E o atiro contra o azul do teu coração
 
 Flor do mato a tua boca soletrando a minha boca
 
 Eu me amo e tu te amas
 
  
  E num sub-blues-urbano
 
 Solitário numa calçada de uma rua periférica
 
 Na parede eu escrevo, uma frase, um relevo
 
 Sabor sangue-canção
  
 
 E nossos corpos celestes costuram amor
 
 No tecido da noite
 
 Inventando a luz da melodia
 
 Que esse samba-canção irradia