Quem vive de passado é museu, já diz o ditado
Mas ninguém nunca entendeu que somos falhos
Que sentir é nossa natureza, dizem os sábios
Aqueles que não podem sentir, perdem o tato
Tudo na vida é tão passageiro
Eventos rápidos
Cê pode até ver com clareza, mas perde o rastro
Pode até criar fortalezas, mas não é fácil
Tudo desmorona em um instante, cai em pedaços
Imagine que alguém criou uma máquina e ela te leva ao passado
Imagine também que um simples botão te traga memória e legados
Imagine que o presente é dor e tristeza e contrasta com o passado
E a máquina não tem limites
Cê acha que escolhem qual lado?
O ciclo da vida é triste, é cruel
Um grande teatro onde fazemos um papel
De vilão, vítima, herói ou figurante
Antes, durante, ou depois do evento inconstante
Quantos pra sempre cê já viveu e nem falo de relacionamento
Tudo que um dia já foi importante, hoje é poeira no vento
Única coisa que resta é a pífia memória de breves momentos
Que foram subtraídos, queimados, sufocados pelo tempo
O tempo não espera por ninguém
A vida ensina o que é a brevidade
Não importa se é algo ou alguém
Se foi grande ou pequeno em sua vaidade
Uma hora cê perde o que jamais pensou
E o fim sempre parece insuportável
Mas em pouco tempo, a vida segue
Porque esse é um ciclo inabalável