Tenho que ir embora 
 Tenho quem não quer que eu vá 
 Tenho uma tropilha xucra 
 E os que já tão pronto tenho que entregar 
 Me falta só bolear a perna 
 A solidão do brete quer me galopear 
 Tenho que domar o frio 
 E só os avio de mate pra me amadrinhar 
    Quando eu chegar de volta 
 Co´as espora torta e a tropilha mansa 
 Trago um coração de freio 
 Pronto pros arreio dessa moça 
 Chega de domar tormentas 
 Sesmarias pra enfrenar 
 Tenho quem me aqueça o mate 
 Quem não quer que eu vá   
 Tenho um poso em cada estância 
 Tenho a confiança dos patrões 
 Tenho um chasque pra peonada 
 Que vive apartada nos galpões 
 Tenho a vida nas esporas 
 Roseteando auroras me fiz nesse oficio 
 Hoje o coração me cobra um bem que não se joga em mesa de bolicho