Ai, meu coração sem natureza
 
 Vê se estanca essa tristeza que ilumina o escuro bar
 
 O nosso amor é um escuro bar
 
 Suspiro azul das bocas presas
 
  
  O medo em minha mão que faz tremer a tua mão
 
 Sacode o coração, joga fumaça em meu pulmão
 
 Silente esquina no Brasil
 
 Nos verdes mares, calma lama, num desespero sem canção
  
 
 Guarda o teu olhar de ave presa
 
 Na toalha de uma mesa
 
 Sem mirar a luz do Sol
 
 Não há calor na luz do Sol
 
 O fim da festa é uma certeza
  
 
 Te vejo em minha vida como um retrato marrom
 
 São lembranças perdidas de um passado, e tudo bom
 
 Brilha um punhal em teu olhar
 
 Sinto o veneno do teu beijo
  
 
 Era moderno o meu batom, batom, batom, batom