Ei, falo contigo da prisão
No mundo em que eu vivo
Sempre tem quatro esquinas
Mas entre esquinas e esquinas
Sempre haverá o mesmo
Para mim não existe o céu
Nem Lua e nem estrelas
Para mim não brilha o Sol
Pra mim tudo é trevas
Ai ai ai que negro é meu destino
Ai ai ai todos de mim se afastam
Ai ai ai perdi toda esperança
Ai a Deus só chegam minhas queixas
Novamente o Fruko
Condenado para sempre
Nesta cela horrível
Onde não chega o carinho
Nem a voz de ninguém
Aqui passo os dias
E a noite enterra
Só vivo de recordações
Eterna de minha mãe
Ai ai ai só espero que chegue
Ai ai ai o dia que a morte
Ai ai ai me leve a estar com ela
Ai o fim, ai vai mudar a minha sorte
E segue o lamento
Para os de vila nova
Ai ai ai que negro é meu destino
Ai ai ai todos de mim se afastam
Ai ai ai perdi toda esperança
Ai a Deus só chegam minhas queixas
Ai que só estou
Sozinho eu espero a morte
Ai que só estou
Quando acaba minha sorte
Voz de homem triste e solitário
Viver nesta cela
Eu não quero sofrer mais
Falo pra você magdalena
Ai que só estou
Sozinho eu espero a morte
Ai que só estou
Quando acaba minha sorte
Companheiros de prisão
Gente de todas as classes
Que não tem coração
E não sabem o que fazem
Sozinho com a minha pena
Sozinha em minha cela
Sozinho com a minha pena
Sozinha em minha cela
Ei, Fruko, sozinho vou com minhas penas
Nesta cela, condenado a trinta anos