Para todas as coisas abrigadas em seu silêncio
A natureza oferece uma violência
O urso que se limita à sua própria linhagem
O lobo que procura, sempre, o seu próprio bando
O mundo que endurece conforme o inverno severo se prolonga
O pai forçado a comer seus filhotes antes que eles cresçam
Todo pássaro, silenciado
Faminto onde o solo congelou
O Sol de inverno nasce, vermelho sobre branco
Como sangue sobre a neve
Como sangue sobre a neve
Aqui, o chão em que se pisa é uma maravilha
Ele nunca deixa de ter fome
E todas as coisas que a natureza oferece
Ela toma todas de volta dos vivos
Eu percorri a terra e existem tão poucos aqui que sabem
Quão escura a noite
E o quão frio o vento pode soprar
Eu não tenho mais desejo de ver para aonde a estrada vai
Não tenho guardado meu calor mais
Do que sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Não são os meus braços que falharão comigo
Mas este mundo toma mais força que me deu
As árvores não rejeitam nada que as faça crescer
Nem chuva, nem o brilho do Sol
Nem sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Sangue sobre a neve
Para todas as coisas abrigadas em seu silêncio
A natureza oferece uma violência
