Deu pra ti, baixo astral
 
 Tem carnaval imperiano
 
 Quero cantar, sambar em paz
 
 Porto Alegre é demais
 
 É o lugar que eu amo
 
  
  Duzentas e cinquenta primaveras
 
 Cidade mui leal e valerosa
 
 O império, engalanado em quimeras
 
 Traz sua gente tão orgulhosa
 
 Vai buscar na memória sua vida
  
 
 Festejar tanta história na avenida
 
 Povo gaúcho, forte e trabalhador
 
 Viu o céu tocar a terra pelo olhar do laçador
 
 A zona norte, foi à guerra, foi à luta
 
 Construiu com a labuta seu futuro vencedor
  
 
 Terra dourada, dos campos de arroz
 
 Os carros de bois rasgando a estrada
 
 Terra adorada dos pais e avôs
 
 Os filhos, depois, seguindo a jornada
  
 
 Nos trilhos do progresso
 
 Seu polo industrial se destacou
 
 A arte beijou o sucesso
 
 Num porto cultural que encantou
 
 No horizonte o espelho do guaíba refletia
  
 
 As velas ofertadas a Maria
 
 Senhora, yabá dos filhos seus
 
 Agora o samba é raça, é miscigenação
 
 Congraça a resistência em comunhão
 
 Abençoada pelas mãos de Deus