Outra vez te esperei 
 mas você não apareceu 
 nem ao menos avisou 
 mas eu sei que não esqueceu 
    Tive que partir mesmo querendo te ver 
 415 decolou levando tudo o que eu queria 
 o que eu queria dizer   
 Outra vez culpado 
 por mostrar aquilo que eu sou 
 Seu espelho, estilhaço 
 pisando em cacos do nosso passado   
 Pecados íntimos alimentando mútuas ilusões 
 415 decolou deixando tudo o que eu queria 
 o que eu queria esquecer   
 Eram metades eram muitos 
 (viraram vírgulas) 
 Eram o que quisessem ser 
 (viraram dízimas) 
 E num caminho reto viraram esquinas   
 Vida feita de impulsos 
 e reações precipitadas 
 Por que a gente não se entrega? 
 É nossa sorte, é nosso carma   
 Já nem sei se te conheço ou te inventei 
 415 decolou sobre as turbulências 
 que eu mesmo criei