A fúria toma conta de mim
 
 Desculpe irmão se fui tão agressivo com minhas palavras
 
 A fúria toma conta de mim
 
 O primeiro Rasta ao voltar a Jerusalém também fez assim
 
 A fúria toma conta de mim
 
 O leão se mostrou furioso ao ver mercarem na casa do pai
 
  
  A fúria toma conta de mim
 
 Desculpe se sou tão agressivo
 
 Mas agressivo mesmo
 
 Foi aquele irmão que escravizou e violentou os negros
 
 Roubou dos índios, mudou a história, criou então o preconceito
  
 
 Desigualdade social, discriminação, falta de respeito
 
 E respeito pelo o que eu vejo quem mais tem aqui
 
 É quem tem mais dinheiro
 
 Dinheiro é um pedaço de papel e é objeto de desejo
 
 Desejo de ser melhor do que o cidadão que mora no gueto
 
 E o gueto grita por socorro mas acho que agora não rola mais jeito
 
 Aquele que tem condição e nenhum coração diz que é isso mesmo
  
 
 Não sei se eu culpo o irmão que roubou a cultura dos índios e dos negros
 
 Ou se eu estou na raça atrasada onde a vida é voltada ao poder e ao desejo
 
 E se para melhorar o mundo temos que mudar nossas necessidades
 
 Contentando com pouco assim outro irmão tem as mesmas oportunidades
 
 Não aceite mais essa mentira de que a pobreza tem que existir
  
 
 Essa ideia é só uma herança que os brancos deixaram ao vir nos descobrir
 
 Descobrir foi como eles disfarçaram nomes como assassino e ladrão
 
 Com suas armas de fogo mataram o povo de paz, humildade e união
 
 E hoje estamos escravos de grandes multinacionais e da televisão
 
 E a pobreza aumentando e o povo aceitando por pura assimilação
  
 
 A fúria toma conta de mim
 
 Desculpe irmão se fui tão agressivo com minhas palavras
 
 A fúria toma conta de mim
 
 O primeiro rasta ao voltar a Jerusalém também fez assim
 
 A fúria toma conta de mim
 
 O leão se mostrou furioso ao ver mercarem na casa do pai
 
 A fúria toma conta de mim
 
 A fúria toma conta de mim