O canto dos ventos, parece um açoite,
 
 gritando nos campos que o dia findou.
 
 O vulto do rancho se perde na noite,
 
 marcando o horizonte que longe ficou.
 
  
  O dia que finda só deixa lembranças
 
 num resto de canto que não voltará.
 
 A noite que chega, refaz esperanças,
 
 com novas canções de amor e de paz.
  
 
 Pra dentro do rancho, o taura recolhe,
 
 pedaços de vida que são ilusões,
 
 dentro do peito a saudade se encolhe,
 
 trazendo recuerdos de antigos fogões.
  
 
 E a vida passando no tempo teatino,
 
 nos mostra que os dias já não são iguais,
 
 pois um taura ventena, chamado destino,
 
 nos leva em reponte, qual xucros baguais.