Eu não tenho dinheiro
Não tenho namorada
Não tenho automóvel
E nem vergonha na cara
Eu não tenho diploma
Não frequento clube
Não tenho telefone
E nunca tive razão
Eu não tenho ilusões
Também não tenho tênis
Não sou o pai da criança
Eu não tenho escolha
Mas qualquer dia desses eu me mando de mudança pra São Paulo
Eu quero é que se dane
Vou ser empregado de uma multinacional
Muito ordinário é que vai chupar o meu sangue
Eu não tive infância
Não tenho uma guitarra
Eu fujo no SPC
Não dou meu endereço
Eu não tenho ilusões
Também não tenho um bom tênis
Não sou o pai da criança
Eu não tenho escolha
Mas qualquer dia desses eu me mando de mudança pra São Paulo
Eu quero é que se dane
Vou ser empregado de uma multinacional
Muito ordinário é que vai chupar o meu sangue