1. 1

    Júnior Cordeiro - Poção do Amor

  2. 2

    Júnior Cordeiro - Aforismo 22

  3. 3

    Júnior Cordeiro - Alma Nua

  4. 4

    Júnior Cordeiro - Apologética

  5. 5

    Júnior Cordeiro - Caucasiana Dos Trópicos

  6. 6

    Júnior Cordeiro - Cipriano “O Feitisanto”

  7. 7

    Júnior Cordeiro - Conselho de Anjo

  8. 8

    Júnior Cordeiro - Coração Nativo

  9. 9

    Júnior Cordeiro - Da Madrugada (A Hora Inversa)

  10. 10

    Júnior Cordeiro - Desaprumado

  11. 11

    Júnior Cordeiro - Doidarte

  12. 12

    Júnior Cordeiro - É Somente o Meu Amar

  13. 13

    Júnior Cordeiro - Éfeso

  14. 14

    Júnior Cordeiro - Etc, Etc, Etc

  15. 15

    Júnior Cordeiro - Fulano da Boa Morte

  16. 16

    Júnior Cordeiro - Galope À “Beira-rio”

  17. 17

    Júnior Cordeiro - Malleus Maleficarum

  18. 18

    Júnior Cordeiro - Megalópole de São Saruê

  19. 19

    Júnior Cordeiro - Morada Aberta (O Exorcismo)

  20. 20

    Júnior Cordeiro - Moura Encantada

  21. 21

    Júnior Cordeiro - No Encalço do Boi Mansinho

  22. 22

    Júnior Cordeiro - O Beato Malaquias

  23. 23

    Júnior Cordeiro - O Bruxo do Cariri Velho

  24. 24

    Júnior Cordeiro - O Câncer Das Velocidades

  25. 25

    Júnior Cordeiro - O Doido Sinval

  26. 26

    Júnior Cordeiro - O Jeito Com Que Mexes Nos Cabelos

  27. 27

    Júnior Cordeiro - Por Fora do Mundo

  28. 28

    Júnior Cordeiro - Retalhos, Sombra e Ilusão

  29. 29

    Júnior Cordeiro - Sinestesia do Alto da Ponte Velha

  30. 30

    Júnior Cordeiro - Sinos

  31. 31

    Júnior Cordeiro - Sonho Repetido

  32. 32

    Júnior Cordeiro - Sonhos, Sertão e Loucura

  33. 33

    Júnior Cordeiro - Tintas, Madonas e Cores

Galope À “Beira-rio”

Júnior Cordeiro

As águas velozes vão vociferando
Cortando os sertões com força indomada
De longe se vê uma cobra encantada
Derrubando a mata e a gleba inundando
Remansos bravios descem se formando
Por entre as espumas, fazem rodopio
Águas excitadas são fêmeas no cio
Que beijam a terra e seduzem a gente
De cima da ponte cantei meu repente
Nos dez de galope da beira do rio

À noite um murmúrio vem das cachoeiras
Os sapos cantando uma canção dolente
Desce um pescador ligeiro e valente
Vai se arriscando nas águas matreiras
Os peixes graúdos descendo em fileiras
Um pássaro entoa um canto sombrio
Um velho do mato se esconde do frio
Em cima da pedra acende a fogueira
Lembra da mãe-d’água e sai na carreira
Com medo dos entes da beira do rio.

Eu ouço o barulho já de madrugada
De cima pra baixo, nascente e foz
A serpente d’água correndo veloz
Deixando a cidade feliz e animada
O povo saindo, invadindo a calçada
Já comemorando o fim do estio
O vento na ponte soprando tão frio
Meninos brincando, pessoas contentes
Encontro das águas e seus afluentes
Nos dez de galope da beira do rio

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