Eu Sou Um Homem Sério

Le Petit Prince

Eu sou um homem sério - O Empresário
Sébastien Izambard

O pequeno príncipe:
- Olá!
O seu cigarro está apagado.
Olá!

O empresário:
Três e dois são cinco
E cinco e sete são doze
E doze mais três igual a quinze.

Olá.

Vinte e dois e seis são vinte e oito
Não há tempo para reacender
Vinte e seis e cinco são trinta e um
Isso me faz quinhentos e um milhões
Seiscentos e vinte duas mil
Setecentas e trinte e uma

O pequeno príncipe:
- Quinhentos e um milhões de quê?

O empresário:
Nosso você ainda está aí
Quinhentos e um milhões ...
Eu não sei mais...

O pequeno príncipe:
- Quinhentos e um milhões de quê?

O empresário:
Tenho tanto trabalho
Eu não posso me divertir
Com todo esta baboseira

O pequeno príncipe:
- Milhões de quê?

O empresário:
Você não deve me perturbar
Dois e cinco, sete
Eu sou um homem sério

O pequeno príncipe:
- Quinhentos e um milhões de quê?

O empresário:
Milhões de estrelas
Aqueles que sonham, os preguiçosos
Que eu converto em cálculo mental
Eu que sou um homem sério, eu preciso
Eu preciso possuir para me tranquilizar
Eu preciso sentir rico para existir
Milhões de estrelas
Que eu preciso contar
Eu que nunca sonhei

Três e dois são cinco
E cinco e sete são doze
E doze mais três igual a quinze
Quinze e sete, vinte e dois
Vinte e dois e seis vinte-eight
Vinte e seis e cinco são trinta e um
Isso me dá quinhentos milhões
Seissentos e vinte dois
Setecentos e trinta e uma

O empresário
O pequeno príncipe:
- Estrelas, eu sei. Eu já vi um rei que possuía uma estrela.

O empresário:
- Mas os reis não possuem, eles reinam sobre, é muito diferente.

O pequeno príncipe:
- E como é que se possue uma estrela?

O empresário:
- Eu possuo as estrelas, pois ninguém antes de mim teve a idéia de as possui!

O pequeno príncipe:
- Isso é verdade, mas você não pode colher uma estrela como eu posso colher uma flor e levá-la comigo.

O empresário:
- Não, mas posso colocá-los no banco. Eu escrevo em um pedaço de papel o número das minhas estrelas e eu as tranco em uma gaveta.

O pequeno príncipe:
- É muito poético, mas realmente não é muito sério. Eu limpo meus vulcões e rego minha flor, assim sou útil pros meus vulcões e para a flor que eu possuo. Mas você não é útil para as estrelas. Gostaria de ir, ver além. Olhe lá! É um belo planeta.

O empresário:
- É um planeta minúsculo, e absurdo. A que pode servir no céu, um planeta sem casa ou da população, com um lampião e um acendedor?

O pequeno príncipe:
- Talvez esse homem seja mesmo um absurdo. Mas menos do que você, porque quando ele acende o lampião, é como se ele fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando ele desliga o lampião, ele adormece a estrela ou flor. Isso é algo muito bonito e realmente útil, já que é bonito. Adieu.

Os adultos são decididamente e sem dúvida extraordinários.

Porque apagou seu lampião?...

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