Um dia acordarei, com os olhos negros cor de betume E chorarei lágrimas de alcatrão Os pulmões negros O coração dormente como um pássaro em seu ninho
Eu sinto falta do ar limpo, o barulho das pessoas ao meu redor me angustia A cidade aos poucos interfere neste corpo magro que é meu Obstruindo assim meus sonhos felizes de um ideal que se apagou
Você sabe o que eu quero? Partir e viver nas montanhas, rodeado por árvores altas Eu me deitarei em sua espuma Sentirei o cheiro dos cogumelos, das flores e da terra úmida