Quem mais sabe de mim
 
 É o espelho do meu camarim
 
 Ele tem o estranho poder de me ver
 
 De me conhecer, de me refletir, de me envolver
 
 De me tomar como sua
 
 Quando estou perdida
 
 De me deixar sempre nua
 
 Mesmo quando vestida
 
 De me tomar de assalto
 
 Mesmo que eu resista
 
 De me empurrar para o palco
 
 Me mandar ser artista
 
 Tem o estranho poder de verter
 
 Água tão cristalina
 
 Onde sempre me molho
 
 Onde sempre me molho
 
 Tem o estranho poder de me ver
 
 Quase sempre menina
 
 Com os meus próprios olhos
 
 Com os meus próprios olhos
 
  
  *Do disco Sempre, Sempre Mais