Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
 
 Do labirinto escolhe-se o mar
 
 No cais deserto fica o desejo
 
 Da terra quente por conquistar
 
  
  Nobre soldado que vens senhor
 
 Por sobre as asas do teu dragão
 
 Beijas os corpos no chão queimado
 
 Nunca terás o nosso perdão
  
 
 Ai Timor 
 
 Calam-se as vozes 
 
 Dos teus avós
 
 Ai Timor
 
 Se outros calam
 
 Cantemos nós
  
 
 Salgas de ventres que não tiveste
 
 Ceifando os filhos que não são teus
 
 Nobre soldado nunca sonhaste
 
 Ver uma espada na mão de Deus
  
 
 Da cruz se faz uma lança em chamas
 
 Que sangra o céu no sol do meio dia
 
 Do meio dos corpos a mesma lama
 
 Leito final onde o amor nascia