Cavalo negro, ginete afoito
Cruzando a noite, fazendo lenda
Mistério em parte, porta-estandarte
De quem comparte noites de ronda
A chuva fina molhando a crina
Trai a retina na escuridão
E a gota clara na crina escura
Turve a textura de uma ilusão
Dentro da noite sem pirilampos
Somente os campos e a chuva fina
Reminiscências de outras querências
Chegam com o vento, seguem teatinas
Cavalo negro, ginete afoito
Cruzando a noite, fazendo lenda
Mistério em parte, porta-estandarte
De quem comparte noites de ronda
Num de repente tropéu de guerra
Que atorou a terra numa explosão
Ronda fechada que é desmanchada
No labirinto da escuridão
Noites de ronda, cavalo negro
Qual o segredo da solidão
Se a gota clara na crina escura
Turve a textura de uma ilusão