Quando paro de inventar 
 Pode me prever e olhar 
 Qualquer João, sou eu! 
 Tão comum quanto Deus 
    Quando então lhe disse: 
 "Vá buscar sua cota em paz!" 
 Já não resta mais vintém 
 Bastou-se a dizer adeus   
 E renegado ao léu 
 Vou pegar o meu chapéu 
 E se você quiser desaguar 
 Qualquer atenção 
 Dê-me um pouco do teu mel 
 E faça brotar dos meus olhos 
 O que é difícil de inventar   
 Quando cansei de chorar 
 Vi tua vitrine falhar 
 O tempo é de bailar 
 Vestir a moda e ser popular   
 E untado ao céu 
 Brilhei mais que meu chapéu 
 E se você quiser me pagar 
 Um beijo por dever 
 Um sorriso de papel 
 Não pense que eu nunca fui teu   
 Mas se ainda quer vingar 
 A minha doce invenção 
 Sou um troféu na sua mão