No balanço dessa rede o turbilhão de sentimentos me faz 
 ver 
 No surreal eu sei viver, sei viver, sei viver. 
 Na batida desse tom escuto a flauta imaginária do 
 saber 
 No surreal eu sei viver, sei viver, sei viver. 
    Ah vai atrás de algum lugar que possa se encontrar 
 Sabe lá o que se passa com alguém assim 
 Dispersar, mas essa pode ser a devoção 
 Sabe lá, sabe lá..   
 Na batida desse meio eu encontro um incentivo pra 
 entender 
 Que na real não sei viver, sei viver, sei viver 
 No balanço dessa rede o surreal me traz a fonte pra 
 escrever 
 No surreal eu sei dizer, sei viver, sei dizer   
 Ah, vai atrás 
 De algum lugar que possa se encontrar 
 Sabe lá 
 O que se passa com alguém assim 
 Dispersar 
 Mas essa pode ser a devoção 
 Sabe lá, sabe lá   
 E o corpo dos dias transcende 
 Tristes na excência, 
 Felizes nas faces 
 Maquiadas pela alegria efêmera 
 E uma plenitude se descortina 
 E uma infinidade de não-respostas 
 Castiga a alma fadigada 
 E se despede o universo de encanto 
 Desmoronado pela realidade 
 A vivência sobrepõe a metafísica 
 E tudo abstêm-se de sentido 
 Empoeiram-se as novidades 
 O cotidiano tosco está na cinza do quadro 
 Emoldurado por uma tristeza que excita 
 Preso na parece invisível que me segura à vida 
 O preto e o branco desistir 
 Descolore os pensamentos 
 Afugenta o espírito e castiga a carne 
 Exprime-se a contradição que é viver: 
 Vejo tudo tão claro por fora na vida alheia, 
 E sei tão pouco do que habita dentro de mim.   
 No balanço dessa rede o turbilhão de sentimentos me 
 faz ver..