O cordeiro imolado é refeição
 
 Nas matas deste beiradão
 
 Na poesia das flores
 
 Na mão estendida ao irmão
 
  
  Tomai e comei o pão do amor
 
 O nosso alimento salutar
 
 No altar do chão da mãe terra
 
 Anima o nosso lutar
  
 
 Nas águas fecundas, brota vida
 
 Nas canoas da missão
 
 Fartura na mesa dos pobres
 
 Na festa do amor-comunhão
  
 
 Um canto de esperança ribeirinho
 
 Ensina que está terra é bem comum
 
 Não se gera a paz com cobiça
 
 Unidos no pão somos um
  
 
 Vinde ao banquete, povos todos
 
 É corpo e sangue que vos dou
 
 Da cuia da alegria bebereis
 
 Na mesa cabocla, transbordou
  
 
 Maria, mãe cabocla ribeirinha
 
 Rogai pelos rios e matas
 
 Amazônia, nossa casa comum
 
 Nos sustentam tuas águas sagradas