Desfiz o emaranhado
 
 Juntei os cacos do meu coração
 
 Refiz uma colcha de retalhos
 
 Com atalhos, pra fugir da ilusão
 
 Parei de me questionar, calei
 
 Mudei até de opinião
 
 Ousei pra poder me encontrar, tardei
 
 Mas não devo a ninguém satisfação
 
  
  Rasguei, picotei, espatifei
 
 Roguei praga pro vento levar
 
 Se tem uma coisa que hoje sei
 
 A fé não costuma faiar
 
 Em rabo de arraia não me meto
 
 No gueto aprendi a me virar
 
 Fiz da minha sorte amuleto
 
 Tá pra nascer alguém pra me enganar